Há coisas óbvias… e ainda assim difíceis de ver.


Às vezes, a verdade está ali, na nossa frente. Não se esconde — apenas não a reconhecemos. Porque o que é óbvio nem sempre é visível. E o que é visível nem sempre é compreendido.

Estamos cercados de evidências silenciosas:
Um cansaço que não passa.
Um relacionamento que se arrasta.
Uma escolha adiada demais.
Um talento que sussurra — mas nunca grita.

Por que ignoramos o óbvio?
Porque aceitar o que é evidente exige coragem.
Porque enxergar o que já sabemos nos obriga a agir.

É mais fácil alegar confusão do que admitir clareza.
É mais confortável dizer “não sei” do que dizer “sei, mas ainda não estou pronta pra mudar”.

A cegueira diante do óbvio não é falta de visão — é excesso de proteção.

Mas chega um momento em que o que estava implícito se impõe.

E o que doía só de leve começa a gritar.
A vida tem seu jeito de nos mostrar aquilo que fingimos não ver.

Hoje, minha reflexão é um convite:
O que você já sabe, mas ainda evita ver?
O que está te olhando nos olhos, pedindo para ser reconhecido?

Nem sempre é preciso mais clareza.

Às vezes, só precisamos parar de desviar o olhar.  

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